Conheça Breves
Bem vindo a Breves, a capital do Marajó. Hoje com uma infra-estrutura gigantesca a cidade esta preparada para receber os turistas vindo de toda a parte do mundo.
Rios, furos, igarapés, redes de hotéis, museu, bares, festas tradicionais e um povo hospitaleiro. Assim é o lugar mais lindo da ilha do Marajó.
Histórico de Breves (Aspectos históricos e políticos)
Na missão dos Bocas residiam os dois irmãos Manoel Breves Fernandes e Ângelo Fernandes Breves, de origem portuguesa, o primeiro solteiro e o segundo casado com Inês de Souza. Ao primeiro concedeu o Capitão General João de Abreu Castelo Branco, em data de 19 de novembro de 1738, uma sesmaria de duas léguas de frente por uma de fundo, no rio Parauau, principiando da tapera Parauaú e correndo rio acima, sesmaria confirmada pelo rei de Portugal, em 30 de março de 1740.
Estabeleceu-se Manoel Fernandes Breves no local em que hoje está assente a cidade de Breves, onde fundou um pequeno engenho que denomina Santana e faz plantações de roças, ficando desde logo conhecido o sítio pela denominação de lugar dos Breves. Portanto, Ângelo Fernandes Breves com sua família acompanharam-no e lá fixaram residência. Com o falecimento de Manoel Breves Fernandes, sem descendência, passou a sesmaria ao seu irmão Ângelo, ao qual, também por morte, sucedeu sua única filha Catarina de Palma, que se casou com Francisco dos Santos Gouveia. Deste consórcio nasceu Manoel dos Santos Gouveia, que se casou com Ana Maria, e que herdou a sesmaria de Manoel Breves Fernandes. A Manoel dos Santos Gouveia sucedeu seu filho Francisco Antonio dos Santos, que se consorciou com Antonia dos Santos, tendo dele nascido dois filhos, João Antonio dos Santos e Saturnina Tereza, a qual por falecimento de seus pais e irmãos, achava-se em 1854 como a única proprietária da antiga sesmaria dos Breves, e que nesse ano tentou reivindicar seu patrimônio sem nada conseguir. Esta última representante da família dos Breves era analfabeta, e depois dela, nada mais conseguiram saber do destino e nomes dos seus sucessores.
O rio em que está situada a cidade de Breves é um furo, que, como diversos outros da região paraense dita das ilhas, tem recebido dons naturais, a denominação de rio. Nos documentos relativos modernos é chamada de Parauaú, ao passo que, uma carta de sesmaria passada a Manoel Breves Fernandes é designado pelo nome de Parauaú.
Depois da instalação da família dos dois irmãos Breves, em 1738, no furo Parauaú ou Pararaú outros parentes se lhe foram juntar, dando ao lugar bastante incremento e desenvolvimento, ao ponto de 1781, Manoel Maria Fernandes Breves, João Antonio de Barros, José Ventura de Souza, Francisco dos Santos Gouveia, Vitorino Fernandes Breves, Boaventura Fernandes Breves e Inácio Coelho da Silva, requerem ao Capital General José de Nápoles Telo de Menezes que fosse ao sítio concedido a predicamento de lugar, no que foram atendidos com a portaria 20 de outubro daquele ano. A denominação de lugar de Santana dos Breves, com a faculdade de neles conservarem suas famílias e, de poderem pelo tempo adiante recebeu mais quaisquer parentes e aliados, foi aos requerentes concedida.
Com aquela categoria oficial atravessou os últimos decênios do período colonial, ao mesmo tempo que se foi desenvolvido, até a proclamação da Independência, em cujos primeiros 28 anos passou a fazer parte sucessivamente de Melgaço e depois Portel, quando a Lei Provincial nº 172, de 30 de novembro de 1850, deu-lhe o predicamente de Freguesia, com a mesma invocação de Nossa Senhora Santana dos Breves, sendo no ano seguinte, com a resolução nº200, de 25 de outubro, elevada à categoria de vila, e, portanto criando o município, ao qual ficou anexado o território de Melgaço, extinto com o mesmo ato. Não obstante, aquela última resolução haver extinto o município de Melgaço e criado a Vila dos Breves, de fato, o citado município não foi extinto, pois, o oficio da presidência da província, de 24 de março de 1852, apenas mandou transferir a Câmara de Melgaço para a nova vila, havendo confirmado como vereadores Antonio Luiz Balieiro, presidente, e Álvaro Sanches de Brito, Bernardo Joaquim dos Santos, José Matias de Carvalho, Valentim Antonio dos Santos e Joaquim Gonçalves dos Santos, vereadores, os quais em ofício de 20 de abril do mesmo ano de 1852, declararam ao presidente da província que podiam efetuar a mudança da sede do município para Breves, por não existir nesse lugar casa própria para câmara, para o júri e cadeia, visto como depois dos editais publicados para aluguel de casa apareceram dois pretendentes, Joaquim José da Silva Baiano, com prédio de 10.000 (dez mil contos de réis) mensais de aluguel e Lourenço Cabral que cedia sua própria casa, por um aluguel módico.
A câmara havia rejeitado as duas propostas, a primeira por excessivamente cara, a segunda porque ia pagar aluguel de casa sem tê-la. Em vista dessa circunstância imperiosa, o governo provincial permitiu à Câmara que continuasse a funcionar em Melgaço. Aquela vereação foi, portanto, a primeira do município de Breves.
Em conseqüência de sérias reclamações, tanto da Câmara de Breves, como da de Muaná, relativamente aos terrenos centrais de ambos os pontos, a Assembléia Provincial resolveu, com a lei nº 416, de 08 de novembro de 1862, marcar os limites dos respectivos territórios na zona de confinação. O desenvolvimento crescente e acentuado do rio Anajás e sua região provocou em 1869 a lei nº 596, de 30 de setembro, que criou a Freguesia do Menino Deus do Anajás, e foi completada pela lei nº 637, de 19 de outubro do ano seguinte, que mandou desde logo incorporar ao município de Breves todo o território da freguesia de Anajás, não obstante as reclamações principalmente de Chaves, a cujo município pertencia o território desligado. A adesão da Câmara à República teve lugar a 24 de novembro de1889, com o ofício dessa data, assinado em sessão por José Torquato Alho, presidente e vereadores, José Batista Prado da Luz.
Com o decreto nº 73 de 06 de março de 1890, o governo provisório do estado do Pará dissolveu a antiga Câmara, criando com o decreto nº74, da mesma data, o conselho da Intendência Municipal, para o qual nomeou Joaquim Antonio Lobato de Miranda, presidente, e, vogais, João Percório Correa, João Fileta Ferreira, Jerônimo Antonio Bittencourt e Joaquim Henrique de Almeida.
O primeiro Conselho Municipal eleito constitucionalmente, ficou composto, do intendente, coronel Ludgero de Almeida Salazar e vogais, João Alberto Vale dos Santos, Raimunda Ferreira de Carvalho, Antonia Marcelino de Macedo e Manoel Francisco das Chagas e Silva para o triênio de 15 de Novembro de 1930, manteve o município de Melgaço, que, segundo outra fonte, teria sido extinta e anexado ao município de Portel, pelo Decreto estadual nº 79 de 27 de dezembro desse mesmo ano, o qual confirma também a existência do Município de Breves. A lei estadual de nº 8 de 31 de outubro de 1935, menciona o nome dos municípios do Pará, entre eles o de Breves, que passou a constituir-se Município de Breves então sede municipal, Antonio Lemos, Macacos, Mapuá, Jacaré, Ituquara, Mututi, Arama e Melgaço, sendo que este último não obstante sua transferência pelo Decreto Estadual nº 78 de 27 de dezembro de 1930, para o município de Portel, figura, ainda no de Breves. Segundo o quadro anexo ao decreto lei nº 2.972, de 31 de março de 1938 somente 4 distritos, o município em apreça: o de Breves, o de Antonio Lemos, o de Ituquara e o de Melgaço.
Aspectos geográficos
A divisão jurídica-administrativa do Estado, em vigor no qüinqüênio 1939-1943 fixada pelo decreto lei estadual nº 3.131, de 31 de outubro de 1938, apresenta Breves integrada pelos distritos de Breves, Antonio Lemos e Ituquara. Nessa divisão, o distrito de Melgaço aparece como integrante do município de Portel sem que o decreto lei nº 3.131, citada, desse qualquer explicação sobre sua provável transparência, decida talvez à informação de que o mesmo pertencesse de fato a esse município.
A divisão territorial do estado, fixada pelo decreto lei estadual nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948 apresenta o município de Breves com os seguintes distritos: Breves, Antonio Lemos e Ituquara. Portanto, atualmente o município é constituído dos seguintes distritos: Breves, Antonio Lemos, Curumú e São Miguel dos Macacos. A atual lesgislatura foi instalada em 1955, tendo sido eleito prefeito municipal o Sr. Américo Natalino Carneiro Brasil e constituída a Câmara Municipal de 01 vereador.
A cidade de Breves à Mesoregiões do Marajó, microregião dos furos de Breves, sudeste da Ilha do Marajó, um dos canais do braço meridional do rio Amazonas, denominado Rio Parauaú (mais conhecido como furo de Breves). Entre os paralelos 0º 30' a 1º 50' de latitude sul e 49º 55' a 51º 15' de longitude W Gr. Sua extensão territorial é de 9.603 km² (o que representa 0,076% da área total do Estado) e o seu clima é equatorial úmido.
Sua população é de 75.166 habitantes (1.36% da população estadual) sendo 38.658 (51,43%) homens e 36.508 mulheres (48,57%) dos quais 31.240 (41,56%) são eleitores.
A localidade conta com 282 escolas na zona rural e 17 na zona urbana, 350 casas comerciais, 80 indústrias, 02 agências bancárias e 01 posto de serviços dos correios. O acesso à cidade se dá por via fluvial e aérea. Geograficamente, ela se limita ao norte com os municípios de Afuá e Anajás, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista, ao sul com o Município de Melgaço e a oeste com os municípios de Melgaço e Gurupá. Sua distância para a capital do Estado (Belém) é de aproximadamente 250hm em linha reta.